domingo, 12 de fevereiro de 2012

dias de raiva

tempo e espaço devem ser dos conceitos mais utilizados e no entanto são dos mais ambíguos. quanto vale um tempo e um espaço? o que se faz com tempo e espaço? quem é o supervisor do tempo e do espaço? gostava de apresentar uma reclamação, se faz favor.

o meu tempo é passado a vasculhar o departamento de memória do meu cérebro (em memórias passadas e futuras) e a olhar para um telefone esperto que insiste em ter a rede no máximo, a bateria a meio e nenhuma comunicação digna de registo.

ingénuo, reajo a qualquer notificação, como um adolescente apaixonado. traz o nome da realidade e um silêncio que dói e enraivece. é tudo uma questão de espaço e de tempo. um espaço e um tempo que só apetece invadir, porque é o que está certo. um espaço e um tempo que, na minha arrogante e egoísta opinião, deveriam estar ocupados por um Nós de pessoas que se amam.

o tempo é cruel, o silêncio é sádico e ambos alimentam uma esperança masoquista que o espaço encurte.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

sad songs for dirty lovers


o amor (ver definição no dicionário) determina, invariavelmente, os estados de humor.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Life Soundtrack


daydreaming, vulgo sonhar acordado, é uma especialidade minha. não há dia em que não o faça. entendidos na matéria dizem que esta raça de pessoas é mais propensa a depressões e a não realizar objectivos de vida. os mais entendidos, nos quais eu meu incluo, acham que que esta elite de pessoas é simplesmente normal e propensa apenas a controlar um sonho.
o que mais me fascina nestes momentos de evasão é a banda sonora escolhida a preceito. não há demanda sem aquela batida épica, nem momento de paixão sem um som mais calmo, chegando mesmo ao absurdo de poder ser romântico. arrisco a dizer que todos os momentos mais importantes da vida seriam muito mais saborosos se tivessem banda sonora e quiçá os menos importantes fossem mais valorizados com o devido som.

continuarei a trilhar os meus caminhos, autista para o mundo como todos os que trilham de auscultadores nos ouvidos, excepto quando a banda sonora da natureza justificar uma audição mais atenta.

domingo, 14 de agosto de 2011

vícios - parte II


não há dúvida que caminhamos para o vício. era inevitável, não há educação sentimental suficiente que, perante a iminência de algo muito bom, nos faça ir com cautela. e cautela para quê? qual é a piada de seguir um caminho imaculado, sem mazelas, sem sentir as 220 pulsações da grande Bomba?

"é favor não provocar, senão não será só o vício a atormentar". o vício veio para ficar e está prestes a metamorfosear-se, se é que já não foi. todos os clichés de dois corpos que se desejam estão presentes. há uma distância saudável que prevejo tornar-se numa distância insaciável. tudo a seu tempo.

acompanhando a nova vaga, caminhamos para lado algum, sem (muita) pressa, cientes do caminho de cada um mas desejando constantes cruzamentos rumo a um paraíso. somos o que tiver que ser, quando e onde tiver que ser. na minha mais recente memória, somos o beijo de despedida (o encore) na escadaria de um velho prédio e os diferentes degraus que ocupávamos deixaram-nos à mesma altura.

domingo, 31 de julho de 2011

vícios


tenho de admitir que este cenário não era de todo inesperado. falaste-me de vício e da importância de não lhe ceder e como aluno aplicado que sou fiz precisamente o contrário. por culpa tua. porque tu também viciaste o jogo e por ele te deixaste viciar. a distância e o tempo não fazem esmorecer o desejo. o corpo tem memória e na falta também ressaca, como qualquer outra droga.

a cura: dispersemos noutros prazeres e o vício fica para quando os lábios se tocarem.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Alda

Hoje seria o dia em que nós e mais 20 ou 30 sorriríamos à embriaguez enquanto tu adicionavas mais um ano à tua promissora vida. O acaso e o inexplicável não deixaram que assim se proporcionasse mas asseguro-te que os copos vão continuar a bater em tua honra. Mesmo com lágrimas. Mesmo que ainda doa.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

sabes tanto william

a man enjoys the happiness he feels, a woman the happiness she gives.

w. shakespeare

domingo, 19 de junho de 2011

expect greatness

sábado, 18 de junho de 2011

o que tiver que ser será


na vida não temos que ser fortes, basta sentirmo-nos fortes e os sucessivos desafios que se nos deparam irão certamente ser ultrapassados. confiança e uma (pequena) dose de despreocupação são a receita para os grande momentos que vivenciamos. não há consequências que valham o temor de não arriscar e pensar é prejudicial à saúde. lição aprendida com sucesso.
às vezes, os quietos também ganham.

terça-feira, 14 de junho de 2011

A Working Class Hero

is something to be

segunda-feira, 6 de junho de 2011

e em pó nos havemos de tornar


no fim todos somos pó, nada mais nada menos. tudo é fútil.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

déjà vu


procuramos (generalização abusiva para não me sentir só no mundo) constantemente um lugar e um par onde sentimos que pertencemos verdadeiramente. estes nunca são estáticos, mudam tão depressa como as horas do dia e mais depressa do que o cérebro consegue processar.

quantas vezes perguntamos: "mas o que é que eu estou aqui a fazer?"

cada momento desses trás oportunidades e erros (únicas e clássicos, respectivamente) que até os vivenciarmos nunca saberemos qual dos dois. a demanda pela iluminação é contínua e dolorosa mas insaciável.


addendum: valete, se estivesses calado esta música era perfeita.

addendum addendum: se calhar este texto fica melhor neste lugar.

domingo, 29 de maio de 2011

por enquanto


"esperarei o amor da mesma maneira que o lutador caído espera a sala vazia"

sexta-feira, 27 de maio de 2011

educação sentimental

"da aparência das coisas ao real suco que as compõe
vai um salto de gigante
só possível de dar pela experiência em conjunto"

Harness was only made for one

Whisky

y u no shut down brain?

terça-feira, 17 de maio de 2011

Inception


Uma ideia é pior que um vírus ou uma bactéria. Assim que se entranha no nosso cérebro é impossível de a retirar. Tentamos oprimi-la, ignorá-la até afogá-la nas mais variadas beberagens alcoólicas mas sem efeito. Na verdade, a ideia cresce sem pudor nem licença e toma as rédeas da razão, até que o único lugar onde temos verdadeiro controlo são os sonhos. E tão bonitos e perigosos que eles são.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

é utópico

terça-feira, 3 de maio de 2011

simbiose parasítica

quanto maiores as expectativas nos sonhos maior é a queda na realidade. é bom para dizer mas por muito que se tente entranhar a frase no cérebro os erros do costume vão ser sempre cometidos, pois haverá sempre uma emoção a sabotar a razão.

por isso sei que é inevitável que continues aí mas, por favor, não me fodas a cabeça.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

não vás

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Nunca é demais relembrar



















Somos responsáveis por quem cativamos.